Blog Cuidados psicológicos nas doenças inflamatórias autoimunes

Cuidados psicológicos nas doenças inflamatórias autoimunes

De acordo com as orientações da psicóloga Cleide Rodrigues de Castro* (CRP 06/45987), publicadas na cartilha “Cuidados psicológicos nas DOENÇAS INFLAMATÓRIAS” de janeiro de 2021, quando o paciente se depara com uma doença inflamatória autoimune que alterna períodos de ativação da inflamação, com queixas complexas e períodos de incertezas diante das crises, geralmente o estado emocional também é afetado, exigindo alguns cuidados complementares ao tratamento medicamentoso.

Fatores psicossociais e emocionais afetam o curso da doença, bem como as respostas aos tratamentos.1 O desequilíbrio emocional e/ou físico ocasiona a manifestação de sintomas, mostrando que é preciso entender a visão do ser humano como um todo, sem haver separação entre relação corpo e mente.2

Um estudo mostrou que cerca de 96,8% de pacientes com doenças inflamatórias autoimunes, como doença de Crohn e de retocolite ulcerativa, apresentavam estresse.1 Além disso, indivíduos afetados com dermatite atópica apresentam frequentemente sintomas de depressão, estresse e comprometimento na qualidade de vida.1

A psicóloga Cleide Rodrigues de Castro, ainda de acordo com a cartilha “Cuidados psicológicos nas DOENÇAS INFLAMATÓRIAS” de janeiro de 2021, destaca que quem sofre com alguma doença inflamatória autoimune tem preocupações em controlar situações futuras, fazendo deste sofrimento por antecedência um círculo vicioso, como se a vida dele girasse em torno de seus sintomas. É comum haver medo e ansiedade.

E para ajudar você a alcançar um bem-estar emocional e físico, o Programa Cuidar+ separou algumas orientações para contribuir nesta jornada. Confira abaixo!

  1. Nunca abandone o tratamento médico!

Diante da melhora dos sintomas é comum alguns pacientes acharem que a doença não existe mais e desistirem do tratamento. Porém, depois de algum tempo as crises podem retornar mais graves e de difícil manejo clínico. Não cometa esse erro comum e siga comprometido com o seu tratamento, mesmo após a melhora dos sintomas.

  1. Crie uma rotina disciplinada!

É muito importante para o manejo da doença criar uma rotina disciplinada dos cuidados a serem administrados, tais como horários da medicação, consultas e exames.

  1. Se informe sobre o seu tratamento!

Quando o paciente se informa, de forma suficiente e correta, sobre o tratamento, ele é capaz de orientar e notificar ao médico possíveis efeitos colaterais.

Lembre-se: não se impressione com todas as informações presentes na bula do seu medicamento e evite fazer buscas sobre a doença na internet. Isso pode te levar a acreditar que terá todos os sintomas por sugestão psicológica.

  1. Não se isole!

Durante a crise é natural que se sinta impedido de ter uma vida normal, afinal o incômodo dos sintomas contribui para isso e a prioridade passa a ser o tratamento. Por isso é normal se sentir triste e indisposto para as simples atividades cotidianas que antes eram prazerosas, mas se isolar não é a melhor alternativa. Se necessário, procure por ajuda profissional.

Vale lembrar também que com a remissão das crises a sua rotina pode ser retomada.

  1. Se cuide!

Existe uma interação entre equilíbrio emocional e imunidade. Portanto, faça exercícios físicos, se alimente de forma saudável, inclua descanso adequado a sua rotina, cuide da sua espiritualidade e vida social.

  1. Respire!

Exercite a respiração profunda, pois ela é um sedativo natural que permite o foco da atenção plena no momento presente, sem antecipar o futuro e nem lamentar o que já é passado.

  1. Converse com pessoas de confiança!

Conversar sobre o diagnóstico e tratamento com pessoas envolvidas em seu meio social, como família e amigos, pode facilitar a compreensão e apoio em tempos de crises. Além disso, participar de grupos de apoio pode ser útil para trocar orientações, experiências e para perceber que você não está sozinho nessa jornada.

* Cleide Rodrigues de Castro (CRP 06/45987)

Diretora do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Saúde do CHPBG (Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos). Mestre em Ciências da Saúde. Especialista em Psicologia Hospitalar. Membro da AADA (Associação de apoio à Dermatite Atópica). Membro do GAMEDII (Grupo de Assistência Multiprofissional em Estomias e Doenças Inflamatórias Intestinais). Psicoterapeuta em Consultório Particular

Referência: 1. Castro CR de. Levantamento dos índices de depressão, estresse e qualidade de vida em portadores de dermatite atópica. 81f. Dissertação (Mestrado) – Ciências da saúde instituição de ensino. Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual. São Paulo: IAMSPE; 2006. 2. Organização Mundial da Saúde – OMS. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamentos da CID-10. Rev. Bras. Psiquiatr. 1999;21(2).

BR2412129038

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