Parkinson é uma condição neurodegenerativa, que afeta o sistema nervoso e é associada a sintomas motores, como tremores, lentidão nos movimentos, rigidez e desequilíbrio. Mas há ainda uma grande variedade de outras complicações que estão associadas à progressão da doença, entre elas: comprometimento cognitivo, transtornos mentais, distúrbios do sono, dores pelo corpo e outras alterações sensoriais. Nos estágios iniciais, os sintomas físicos da doença podem se manifestar discretamente, de forma quase imperceptível, com pequenos tremores nas mãos ou falta de expressão no rosto, por exemplo, mas eles podem progredir para complicações mais severas.1,2
Entre os sinais físicos da doença de Parkinson estão a discinesia (quando o corpo faz movimentos involuntários) e as distonias (contrações involuntárias dos músculos que podem causar dor e rigidez). Esses sintomas contribuem para que a progressão da doença resulte em importantes limitações que podem surgir na fala, na mobilidade e em outras funções do corpo. Muitas pessoas com Parkinson também desenvolvem problemas cognitivos, como a demência, no curso da doença.1,2
O que ocorre no cérebro de uma pessoa com Parkinson?
As células nervosas de uma área do cérebro que controla os movimentos ficam prejudicadas ou morrem. Normalmente, essas células (os neurônios) produzem um neurotransmissor muito importante para o cérebro: a dopamina. Com a diminuição da disponibilidade de dopamina, começam a surgir os sintomas físicos (de movimento) associados à doença.3
Quais são os fatores de risco para a doença de Parkinson?
As causas da doença de Parkinson não são conhecidas, mas hoje esta condição pode ser relacionada a uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais (como exposição a determinadas toxinas). A idade avançada é considerada um fator de risco para Parkinson, já que as pessoas geralmente desenvolvem a doença com 60 anos ou mais. Apesar de ser uma situação mais rara, indivíduos jovens também podem ser afetados pela doença.1,2
É preciso considerar como fatores de risco também a hereditariedade, pois quem tem parentes próximos diagnosticados com Parkinson apresenta maior probabilidade de receber o mesmo diagnóstico. Além disso, estatisticamente, os homens são mais afetados pela doença do que as mulheres. Alguns estudos também relacionam Parkinson a fatores ambientais (que são as condições do ambiente em que a pessoa vive e faz suas atividades cotidianas), como contato com pesticidas, poluição do ar e solventes industriais, que poderiam aumentar o risco.1,2
Por que é tão importante ampliarmos a conscientização sobre a doença de Parkinson?
Porque em todo o mundo, os números relacionados a limitações e mortes causadas pela doença de Parkinson estão crescendo mais rapidamente do que de qualquer outro transtorno neurológico. Para se ter uma ideia: o número de casos diagnosticados como Parkinson dobrou nos últimos 25 anos. Precisamos ampliar a conscientização sobre essa doença que acomete cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo e é a segunda condição neurodegenerativa mais comum do planeta, ficaxndo atrás apenas da doença de Alzheimer.1,4
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Referências
1. World Health Organization (WHO). Parkinson disease. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/parkinson-disease. Acesso em 21 de novembro de 2024.
2. Mayo Clinic. Parkinson’s disease. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/parkinsons-disease/symptoms-causes/syc-20376055. Acesso em 21 de novembro de 2024.
3. National Institute on Aging – National Institutes of Health (NIH). Parkinson’s Disease: Causes, Symptoms, and Treatments. Disponível em: https://www.nia.nih.gov/health/parkinsons-disease#:~:text=Parkinson’s%20disease%20is%20a%20brain,have%20difficulty%20walking%20and%20talking. Acesso em 21 de novembro de 2024.
4. Parkinson’s Foundation. Statistics. Disponível em: https://www.parkinson.org/understanding-parkinsons/statistics#:~:text=Nearly%2090%2C000%20people%20in%20the,are%20diagnosed%20before%20age%2050. Acesso em 21 de novembro de 2024.